sábado, 16 de agosto de 2008

Tábua Biobibliográfica de Agostinho da Silva


1906: Agostinho da Silva nasce no Porto no dia 13 de fevereiro, mas no fim do verão, os seus pais mudam-se para Barca d'Alva.
1912: Com a promoção profissional do pai, a família regressa ao Porto e o pequeno Agostinho freqüenta a Escola Primária de São Nicolau.

1913: Faz o exame do primeiro grau e fica distinto.

1914: Faz o exame do segundo grau e ingressa na Escola Industrial Mouzinho da Silveira.

1917: Matricula-se no Liceu Rodrigues de Freitas.

1924: Entra para a Faculdade de Letras do Porto para cursar Filologia Românica, mas, no mesmo ano letivo, transfere-se para o curso de Filologia Clássica.

1928: Termina a sua licenciatura, é nomeado professor provis´rio do Liceu Alexandre Herculano (Porto) e passa a colaborar na revista Seara Nova.

1929: Conclui tese de doutoramento, O Sentido Histórico das Civilizações Clássicas, e é nomeado professor provisório do Liceu Central de Gil Vicente.

1930: Freqüenta a Escola Normal Superios em Lisboa, estagia no Liceu Pedro Nunes e publica A Religião Grega.
1931: Com bolsa de estudo, vai para Paris (Sorbone e Collège de France). Escreve Miguel Eyquem, Senhor de Montaigne. É nomeado professor efetivo no Liceu do Padre Jerônimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo, mas não assume funções.

1932: Embora continue em Paris, é nomeado professor efetivo no Liceu Mouzinho da Silveira, em Portalegre.
1933: Regressa de Paris e é colcado em Aveiro, como professor efetivo no Liceu José Estêvão.

1935: É demitido do ensino oficial por não ter assinado a Lei Cabral. Ganha uma bolsa do Ministério das Relações Exteriores de Espanha e vai estudar no Centro de Estudos Históricos de

1936: Com a eminência da guerra civil espanhola, volta para Portugal. Leciona em colégios pricados e dá aulas particulares a meninos ricos.

1937: Cria a Escola Nova de São Domingos de Benfica e passa a publicar, na Seara Nova, as Biografias.

1939: Cria, conjuntamente com outros intelectuais, o Núcleo Pedagógico de Antero de Quental. Passa a ter processo político na PVDE.

1940: Dedica-se à elaboração de Iniciação - Cadernos de Informação Cultura.

1942: Edita O Cristianismo.

1943: Publica Doutrina Cristã e é preso, no Aljube, a 24 de junho.
1944: A obra Conversação com Diotima é publica e, nesse mesmo ano, auto-exila-se na América do Sul. A primeira estada é no Brasil.

1945: Vai para a Argentina, leciona na Escola de Estudos Superiores de Buenos Aires. Em Portugal, são editadas as obras Diário de Alcestes, Glossas e Sete Cartas a um Jovem Filósofo.

1946: Muda-se para o Uruguai e ensina nos Colégios Libres (Montevidéu).

1947: Regressa ao Brasil e instala-se na Serra de Itatiaia (Penedo).

1948: Fixa-se no Rio de Janeiro e trabalha no Instituto Oswaldo Cruz, na Faculdade Fluminense de Filosofia e na Biblioteca Nacional.

1952: Integra o corpo docente da Universidad da Paraíba como professor de História Antiga e de Literatura Portuguesa.
1954: Colabora na organização da Exposição História do IV Centenário da Cidade de São Paulo.

1955: Contribui para a fundação da Universidade de Santa Catarina e, aí, nsina Literatura Portuguesa e Filologia Românica. Escreve Um Fernando Pessoa. Assume as funções de diretor de Cultura do Estado de Santa Catarina e trabalha na Direção-Geral do Ensino Superior, do MInistério da Educação.

1956: Publica Ensaio para uma Teoria do Brasil (editado em Portugal em 1966).

1957: Edita Reflexão à Margem da Literatura Portuguesa.

1959: Cria o Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), em Salvador, e ensina Filosofia do Teatro no Universidade da Bahia. Naturaliza-se brasilerio.

1960: Edita As Aproximações.

1961: Torna-se assesssor para a política externa do Presidente da República Jânio Quadros.

1962: Cria o Centro Brasileiro de Estudos Portugueses na Universidade de Brasília. Sai, em Salvador, a complilação Só Ajustamentos.

1963: Desloca-se ao Japão como bolsita da UNESCO. Visita também Macau e Timor.

1964: Assenta moradia ntre Brasília, Cachoeira (no Recôncavo baiano) e Salvador (onde concebe a formação do Museu do Atlântico Sul, no Forte de São Marcelo).

1965: Escreve As Folhas de São Bento e Outras.

1968: É eleito membro da Academia Internacional de Cultura POrtuguesa. Vai aos Estados Unidos da América lecionar em cursos de mestrado e doutoramento do Queens College (Nova Iorque).

1969: Regressa a Portugal.

1970: Escreve Educação de Portugal (só editada em 1989) e colabora na revista Vi

1976: É reformado pelo Governo Brasileiro.

1981: Regressa esporadicamente ao Brasil.
1982:Vai ao Senegal com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e ministra, na Universidade de Dakar, um curso intitulado "Fernando Pessoa: Mensagem, História, Ideologia, Mitologia e Projecto".
1983: É nomeado diretor do Centro de Estudos Latino-Americanos do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Técnica de Lisboa e do Gabinete de Apoio do Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (ICALP).

1986: Escreve Cartas Várias.

1987: Recebe a grã-cruz da Ordem de Santiago de Espada.

1988: Vai a Moçambique e é eleito membro da Academia da Marinha.
1990: Participa em programas de televisão (protagoniza o programa Conversas Vadias).

1992: Renacionaliza-se português.

1994: Morre em Lisboa, no dia 3 de abril (Domingo de Páscoa)
Fonte de Pesquisa: PINHO, Romana Valente. O essencial sobre Agostinho da Silva. Lisboa, Imprensa Nacional-Csa da Moeda, 2006,
Presença de Agostinho da Silva no Brasil.
No âmbito do Centenário de Agostinho da Silva, a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB/MinC) e o Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro promoveram, na noite de 25 de abril, o lançamento de Presença de Agostinho da Silva no Brasil, livro organizado por Amândio Silva e Pedro Agostinho. O evento aconteceu no Palácio São Clemente (sede do Consulado) na data em que é comemorado o Dia da Liberdade em Portugal.

Estiveram presentes à cerimônia o ministro da Cultura, Gilberto Gil; o cônsul-geral de Portugal, António Almeida Lima; o presidente da FCRB, José Almino de Alencar; e, além dos organizadores da publicação, o escritor Carlos Heitor Cony e o astrônomo Ronaldo Mourão, dentre outras personalidades convidadas.

Para o ministro Gil, Agostinho da Silva é fundamental para a afirmação do espírito lusitano no Brasil e no mundo, e foi um dos últimos grandes humanistas. “Espero que o livro seja um marco inicial das grandes especulações que precisam ser feitas sobre a obra do professor”, ressaltou.

O diplomata António Almeida Lima - que lembrou que a cerimônia acontecia na data em que se comemora a liberdade em seu país - disse que a árvore que Agostinho plantou semeou pelo mundo e, sobretudo, no Brasil. O projeto da publicação teve início em 1997. “É um trabalho que se desenvolveu em cinco estados brasileiros. Espero que o livro sirva para dar uma visão mais abrangente do trabalho de Agostinho no Brasil”, destacou Amândio Silva, secretário executivo da Fundação Agostinho da Silva no Brasil e um dos organizadores da obra.

Pedro Agostinho, filho do homenageado, falou de seu trabalho em sistematizar o texto e agradeceu a iniciativa de Amândio. Pedro também lembrou a personalidade do pai. “Ele foi um homem que estimulou a liberdade do pensamento por onde passou e também no âmbito familiar. Ele não impôs, nos deixou à vontade para seguir nossos caminhos”, contou emocionado.

Sobre o Livro A publicação Presença de Agostinho da Silva no Brasil, edições Casa de Rui Barbosa, é resultado de diversas ações feitas pelos governos de Portugal e do Brasil para comemorar o Centenário do Nascimento de Agostinho da Silva 2006-2007, um dos mais respeitados intelectuais da cultura lusófona. A obra, com 400 páginas, é dividida em três partes: textos do filósofo homenageado, imagens (fotografias, aquarelas e fac-similes) e depoimentos/entrevistas. Nas páginas, são lembrados os 22 anos em que Agostinho viveu no Brasil: tempos em cidades do Sudeste, na Paraíba, Santa Catarina, Bahia e Brasília. Há, ainda, uma parte dedicada ao período pós-Brasil,
Acompanha a edição um DVD com declarações do ministro Gilberto Gil, Caetano Veloso, Amândio Silva, Pedro Agostinho, Dora Ferreira da Silva, Ordep Serra, Santiago Naud, dentre outros.

2 comentários:

flavinha disse...

História de um Homem como nenhum,
nada que eu não possa admirar e querer muito conhecer melhor... parabéns pelo blog! E pela dedicação e admiração pelo sênior filósofo, não tenho palavras...
Obrigada por tudo,
Um abraço,
Muitos beijinho,
Com meu carinho
Flávia

Unknown disse...

Agostinho da Silva...Tenho bastante orgulho em ser prima, (o meu pai, Julio Agostinho da Silva era primo em primeiro grau do professor) do extraordinario, Professor Filoso, Agostinho da Silva...Um abraco para todos!...